Associação dos Amigos da Lageosa
Hoje, esse bar encontra-se alugado. E independentemente do responsável por ele, é facto que já não é “a mesma coisa …”
Pois deixámos de ir ” tomar café à Associação” para passar-mos a ir ao bar de alguém, incentivando o nosso consciente a arquitectar uma retracção involuntária ou não, para nos deslocar-mos.
Ao actual responsável e proprietário e aos antecessores, à que transmitir uma palavra de apreço e consideração.
Ali todos se juntavam, lembro tempos em que a faixa etária era composta por várias idades entre os 15 e os 50, era bom de assistir, conversava-se, debatiam-se ideias, os mais novos aprendiam com os mais velhos e vice – versa. As noites de fim-de-semana eram passadas ali, entre conversas, matraquilhos, snooker ou um jogo de cartas para distrair a alma. Todos se recordam dos torneios de snooker, dos grandiosos bailes , dos teatros, de tanta coisa ...
Esses de faixa etária mais nova, alguns hoje já bem adultos, passam mas não param, dizem que “não houve quem os soubesse cativar, e que o protagonismo pessoal imperou sobre o associativismo”. Outros mencionam que “é verdade que a porta se encontra aberta, mas o ambiente é estranho, a união desapareceu”. Muitos referem também que “hoje a Associação resume-se ao Centro Comunitário da Lageosa, e que o “Club” que outrora fora alegre e singular foi esquecido, relegado para 2º plano, destruindo uma ponte que ligava as pessoas àquela casa”, explicam que tal aconteceu desde o momento em que a direcção se centrou apenas no Centro Comunitário.
É inquestionável que as associações fomentam a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto e na área social, mas se as gerações não souberem cativar e alicerçar estratégias de incentivo para os mais novos, dificilmente será possível dar continuidade a este tipo de Corporações.
Seria bom que futuramente, a direcção que venha a abracar esta “casa” seja também responsável pela gestão e manutenção do bar, que tanta alma e carisma ofereceu a esta Associação.
Aos actuais corpos, deixo uma sugestão: peguem numa folha de papel e escrevam nomes a convidar para uma nova direcção, nomes estes que devem imperiosamente pertencer a todas as classes sociais da sociedade.
Aos potenciais convidados um apelo, aceitem o desafio e provem que esta casa também é Vossa e de todos Nós.
Cumprimentos,Algures em Portugal,
Janeiro de 2009,
MAL ( Movimento de Apoio à Lageosa )
Não foi com espanto mas com alguma mágoa e tristeza, que deparámos que a última Assembleia Geral da AAL (Associação dos Amigos da Lageosa) se encontrava desprovida de sócios e sem gente com vontade de fazer algo em prol desta Associação. Alguns membros da actual direcção também não estiveram presentes. 
Hoje, cada vez mais centrada na Solidariedade Social, sublinhe-se o magnifico trabalho realizado que possibilitou tal feito, (16 de Setembro de 1997 tornou-se uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social) esta Associação tem vindo a deparar-se ao longo dos anos com enormes dificuldades, no que diz respeito à formação de direcções que conduzam os destinos desta casa, da nossa casa.
Muito se tem falado, do porque do abandono das pessoas, principalmente dos jovens a esta Colectividade.
Antes a direcção que a coordenava, era responsável pela gestão e manutenção do bar, que quer queiramos quer não, foi ele que deu alma e vigor a esta casa. Foi ele que incutiu espírito de associativismo, espírito esse, que coadjuvado com suor e muito trabalho permitiu e contribuiu para erigir o que hoje está construído.
Mas tal só foi possível, graças aos inúmeros elementos que constituíram essas direcções, que durante infindos anos trabalharam afincadamente semana após semana. Eram estes mesmos membros, que directa ou indirectamente "traziam" gente para a casa. Eram eles que formavam o elo de ligação entre a sociedade e a Associação. E tão bem o fizeram.
Hoje, cada vez mais centrada na Solidariedade Social, sublinhe-se o magnifico trabalho realizado que possibilitou tal feito, (16 de Setembro de 1997 tornou-se uma IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social) esta Associação tem vindo a deparar-se ao longo dos anos com enormes dificuldades, no que diz respeito à formação de direcções que conduzam os destinos desta casa, da nossa casa.
Muito se tem falado, do porque do abandono das pessoas, principalmente dos jovens a esta Colectividade.
Antes a direcção que a coordenava, era responsável pela gestão e manutenção do bar, que quer queiramos quer não, foi ele que deu alma e vigor a esta casa. Foi ele que incutiu espírito de associativismo, espírito esse, que coadjuvado com suor e muito trabalho permitiu e contribuiu para erigir o que hoje está construído.
Mas tal só foi possível, graças aos inúmeros elementos que constituíram essas direcções, que durante infindos anos trabalharam afincadamente semana após semana. Eram estes mesmos membros, que directa ou indirectamente "traziam" gente para a casa. Eram eles que formavam o elo de ligação entre a sociedade e a Associação. E tão bem o fizeram.
Hoje, esse bar encontra-se alugado. E independentemente do responsável por ele, é facto que já não é “a mesma coisa …”
Pois deixámos de ir ” tomar café à Associação” para passar-mos a ir ao bar de alguém, incentivando o nosso consciente a arquitectar uma retracção involuntária ou não, para nos deslocar-mos.
Ao actual responsável e proprietário e aos antecessores, à que transmitir uma palavra de apreço e consideração.
Ali todos se juntavam, lembro tempos em que a faixa etária era composta por várias idades entre os 15 e os 50, era bom de assistir, conversava-se, debatiam-se ideias, os mais novos aprendiam com os mais velhos e vice – versa. As noites de fim-de-semana eram passadas ali, entre conversas, matraquilhos, snooker ou um jogo de cartas para distrair a alma. Todos se recordam dos torneios de snooker, dos grandiosos bailes , dos teatros, de tanta coisa ...
O "club"como alguns o designavam, era lembrado além fronteiras e representava de forma brilhante, aquilo que se designa de Associativismo, elevando também, ao mais alto nível o nome da Lageosa.
Esses de faixa etária mais nova, alguns hoje já bem adultos, passam mas não param, dizem que “não houve quem os soubesse cativar, e que o protagonismo pessoal imperou sobre o associativismo”. Outros mencionam que “é verdade que a porta se encontra aberta, mas o ambiente é estranho, a união desapareceu”. Muitos referem também que “hoje a Associação resume-se ao Centro Comunitário da Lageosa, e que o “Club” que outrora fora alegre e singular foi esquecido, relegado para 2º plano, destruindo uma ponte que ligava as pessoas àquela casa”, explicam que tal aconteceu desde o momento em que a direcção se centrou apenas no Centro Comunitário.
É inquestionável que as associações fomentam a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto e na área social, mas se as gerações não souberem cativar e alicerçar estratégias de incentivo para os mais novos, dificilmente será possível dar continuidade a este tipo de Corporações.
Seria bom que futuramente, a direcção que venha a abracar esta “casa” seja também responsável pela gestão e manutenção do bar, que tanta alma e carisma ofereceu a esta Associação.
Aos actuais corpos, deixo uma sugestão: peguem numa folha de papel e escrevam nomes a convidar para uma nova direcção, nomes estes que devem imperiosamente pertencer a todas as classes sociais da sociedade.
Aos potenciais convidados um apelo, aceitem o desafio e provem que esta casa também é Vossa e de todos Nós.
Cumprimentos,
Janeiro de 2009,
MAL ( Movimento de Apoio à Lageosa )
Etiquetas: aal, assembleia, associativismo, aurélio amaro dinis, Centro Comunitário, club, concelho, direcção, lageosa, lajeosa, liga, Movimento de Apoio, oliveira do hospital
publicada por M.A.L. às
janeiro 19, 2009
4 Comentários:
Boa noite,
Li o artigo neste blog e como sou um cidadão lageosense sensivel às questões da AAL , não me contive em abrir os comentarios e escrever o que me vai na alma. Pela primeira vez estou a faze-lo neste blog, embora confesse que já algumas vezes me apeteceu responder em face de alguns comentários mal intencionados que alguns e por força do anonimato podem refugiar-se, em virtude da falta de caracter que este tipo de pessoas por norma evidenciam, aparecendo apenas na sombra e na penumbra para não serem notados, espreitando apenas a oportunidade de tirarem proveito próprio e de criticarem aqueles que com sacrificio das suas vidas particulares vão dando algo para o bem estar dos outros, lutando por objectivos e projectos que beneficiam um grupo de pessoas em primeira instância (os sócios), a comunidade em segunda instância e por ultimo os municipes de uma forma geral.
Passando à frente, concordo na essência com a ideia transmitida pelo artigo achando que o famoso MAL está muito atento e bem informado, mas tenho alguma divergência em alguns pontos do mesmo, talvez por estar perto da instituição em causa e por saber a realidade que hoje uma instituição destas vive no seu dia a dia, julgo que há alguns pontos a salientar.
De facto o Bar foi um elo de convivio, de camaradagem, de encontro e de alguns exageros (alguns saudáveis outros não), num tempo não muito longiquo mas que as pessoas alteraram por força de uma visão mais egoista que hoje a sociedade cultiva, olhando muito mais para o seu umbigo achando que "eu não tenho tempo para isso, isso é para os outros".Lembro aqui que aquando de eleições da instituição muitas das vezes o bar era o fantásma para os potenciais candidatos, por isso se evoluiu para a solução actual, mas quero referir que o bar é o mesmo, o espaço é o mesmo, as pessoas mais resistêntes são as mesmas, mas a mentalidade das pessoas é que mudou. O mundo evolui todos os dias, a vida não pára e não acho que o motivo de ter uma exploração externa seja uma mudança para pior nos fins que se pretendem para um bar. Se estivesse fechado não era pior ????
O convívio pode fazer-se na mesma, o encontro de amigos tambem, assim como a camaradagem, não importa quem explora, quem serve, quem contribui para que o bar esteja aberto, acho que o importante é as pessoas sentirem que o Bar da Associação ainda existe, a gerência mudou (como em tantos outros bares)mas continuamos a poder fazer as mesmas coisas.
No capitulo da Solidariedade Social, acho que as pessoas ainda não se deram conta da importância que a AAL desempenha na comunidade. De facto o Centro Comunitário absorve hoje muito tempo aos corpos sociais em especial à direcção, pois a instituição tem hoje obrigações que não tinha antes de entrar neste campo, tem funcionários (é hoje o maior empregador da Lageosa)que envolvem obrigações remuneratórias todos os meses, tem utentes (cerca de 60 a 70)cujo a qualidade de vida melhorou em virtude dos serviços prestados que levam a uma assistência com qualidade que necessita de ser vigiada e controlada para que a razão de uma qualquer IPSS não se desvaneça. Por isto tudo, hoje de facto o Centro Comunitário é a valência mais importante da instituição, aquela que "rouba" mais tempo, aquela que necessita de maior rigor, mas pergunto eu, não valerá a pena ter esta prioridade na instituição? Ou preferiamos não ter estes serviços? Hoje são uns, amanhã são outros, depois seremos nós, refiro-me aqui aos potenciais necessitados dos serviços solidarios da instituição. Não pedemos ter a presunção de que nunca vamos precisar disto. Já diz o ditado "pela boca morre o peixe".
No que respeita à vertente cultural, desportiva e recreativa, não digo que hoje funcione bem, mas por vezes os eventos realizam-se e o feed-back não corresponde às espectativas,as pessoas não participam, a intervenção da comunidade fica indiferente à realização ou não dos mesmos. Tudo isto cria desmotivação a quem com muito esforço por vezes leva estas iniciativas para a frente e no fim não tem a correspondência devida. Mas tambem quero referir que não vi até hoje ninguem promover mais eventos a todos os niveis nesta freguesia do que esta instituição, uns anos mais outros menos, mas pouco ou muito tem sido esta instituição que tem alimentado alguma actividade nesta comunidade.
A instituição a meu ver tem muito a melhorar neste campo, assim as pessoas queiram e deêm o seu contribuito na altura certa.
Por ultimo,quanto à sugestão apresentada julgo interessante e acho util este tipo de ideias, mas permitam-me que acrescente não uma lista mas sim a presença massiça dos sócios nas assembleias pois lá resolveremos todos juntos os problemas da instituição, partilhamos ideias que concerteza serão uteis para o futuro da instituição. Todos nós saberemos o que nos compete enquanto associados não precisando que nos empurrem para onde não estejamos motivados, ou que nos escrevam o nome numa lista para sermos lembrados. Para sermos lembrados basta aperecer no local certo à hora certa no momento certo.
No final, estarão a pensar, afinal quem é este caramelo?? Eu, responderei que sou apenas um Lageosence que apoiou, apoia e sempre apoiará a Lageosa, não pertencendo a movimentos, mas estando sim em movimento pela TERRA.
No inicio anonimo, no fim apenas RUI PEDRO
Ilustre leitor,
Permita-nos tecer duas notas: agradecer o seu valioso comentário, é sinal que a mensagem chegou e referir também o facto de V. Ex.ª concordar com a “essência” do artigo, denota que as ideias e pensamentos não estão assim tão distantes umas das outras.
Prosseguindo,
É inevitável destacar, que em nenhum parágrafo do artigo é referido que o Centro Comunitário não representa nenhuma importância para a Comunidade, antes pelo contrário, trata-se de uma obra impar e de cariz extremamente essencial para os destinos da nossa Freguesia. É de enaltecer o feito e aplaudir quem trabalhou para tal.
O ideal, seria que o bar e toda a sua actividade envolvente, mesmo que se encontre neste momento relegado para 2º plano, não fosse esquecido e tornasse a ser abraçado com o mesmo vigor de outros tempos.
É categórico conceder novamente movimento àquele espaço, trazer novas caras, novas ideias, novos eventos, sangue novo… para que não se alimente um comodismo aniquilador.
E só com o punho das direcções isso será possível. Caso contrário, iremos assistir ao esquecimento e quiçá desaparecimento de algo, que tantos anos custaram a arquitectar.
Façamos votos, para que já na próxima Assembleia seja possível constituir uma direcção que continue a abraçar os objectivos desta Associação.
Aceite os nossos respeitosos cumprimentos,
M.A.L. – Movimento de Apoio à Lageosa
Li e reli o artigo, que devo dizer que está muito bem escrito.
Sou alguem que tambem já passou alguns anos da vida a contribuir para a AAL.
Concordo com a ideia da direcçao ficar novamente com o Bar.
Mas como foi referido num comentario, nao será fácil isso voltar a acontecer.
ainda mais quando a ideia é diminuir os elementos da direção para 5.
Por outro lado devo dizer que tá mais do que visto que voces , os MAL , sao alguem que tanto sao de esquerda como de direita,que se passam de um lado para o outro em função dos tempos. quem sabe até centristas mas nao no activo,isso pode ver-se nos vários posts. E que têm acesso a muita informação que nao está ao alcance de todos.Trabalhar por turnos e de noite dão tempo para muita escrita.
Estarei eu muito enganado se afirmar que alguns de vós , até costumam estar presentes nas reunioes? e mais nao digo.
Continuem ...
Bom dia,
Realmente ao ler este artigo, confesso que me deparo com alguma, ou antes enorme nostálgia, dos tempos passados e vividos na LIGA de amigos da Lajeosa.
Fiz questão de colocar em maiusculas LIGA, porque este foi o ponto de viragem, para a situação actual em que se encontra a Associação.
Ao ler o primeiro comentário, realço dois aspectos.
O primeiro e cito, aqueles... lutando por objectivos e projectos que beneficiam um grupo de pessoas...(diga-se bem restrito).
Este será o ponto chave do desinteresse e desmotivação por parte de outros, ounão será? Ponham a mão na consciência.
O segundo é em relação ao "fantasma do bar". Nunca o bar foi um fantasma. Eram apresentadas listas a quando das eleições, mas como os membros não pertenciam a determinada classe, não eram elegiveis. Mais uma vez ponham a mão na consciência.
Quem, por melhor vontade, por tanto trabalho prestado ao bar e a liga, com prejuizo e sacrificio próprio, efectuado de forma gratuita, poderá querer novamente despoletar a harmonia e convivio, depois de se saber que alguem recebia dinheiro para abrir e fechar a porta do bar? Ponham a mão na consciência meus senhores, é que realmente "...por força de uma visão mais egoista que hoje a sociedade cultiva...", a bondade e dedicação simplesmente desapareceu.
Seria muito bom, que alguém relesse o conto ytadicional português, O Rei vai nu, e uma vez mais, coloca-se a mão na consciência.
Quanto ao segundo comentário...
Sem comentários.
Vamos continuar... estamos no bom caminho!
E.
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